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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quarto da desilusão

Quarto da desilusão



Sobre a mesa, lápis e um jornal,
folhas rasgadas,
palavras apagadas,
mas não faz mal,
os segredos continuam naquele lugar
não pôde trazê-los para ver o mar.

Lápis, canetas e um jornal
com uma notícia fatal,
num quarto bagunçado,
totalmente desarrumado.
Sobre o jornal uma lágrima de dor
por um interrompido amor.

Não há mais felicidade,
não há alegria,
não há necessidade
do raiar de um novo dia.

A vida acabou.
Seu amor se foi para além...
E ela ficou aquém
do que sobrou.
A ilusão sucumbiu
e seu coração se partiu.

Resta a dor, resta o nada.
Resta a noite abafada
no quarto da desilusão,
onde se ouviu um trovão
e ao encontro de seu amor
ela acabou por ir.
Deixou para traz o calor
de um corpo a sorrir.


No quarto da desilusão
é trágico ouvir que alguém foi embora
e não era sua hora.
Resolveu pedir perdão,
sobre a mesa, lápis e folhas rasgadas,
de sangue manchadas
e uma carta de sentimentos seus,
uma carta de adeus...

Marcius Andrei Ullmann
2 de abril de 2006.

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