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terça-feira, 29 de março de 2011

Início

     Tudo parece principiar. De alguma forma existe um princípio em tudo, mesmo que seja o princípio de como as coisas funcionam... Isto deixo dito pelo fato de ser esta - por princípio - a primeira postagem (ou publicação, ainda prezando o bom vernáculo) que faço neste espaço. Mesmo que virtual, espero que aqui se possa transmitir este sentimento de coisas boas que as vezes perambulam pela alma do ser humano e que, ou por falta de interesse alheia ou por desleixo do autor, não é publicado em outro veículo de comunicação.
     E como o objetivo é unicamente permitir que as idéias, ideais, ideologias ou simplesmente versos possam tomar as asas que lhe são de direito e chegue a você, que por ora lê essas linhas, é oportuno que eu deixe - em princípio - uns versinhos risonhos para que possamos começar a falar. Dessa forma, formando um quadro único e indiscernível de letras, poeminhos e contos, espero lhe pintar minh'alma e em tom prismático possamos, simplesmente, versejar... E alguns causos há de se contar.


Alfabeto




Pequeninas sois
agora e depois,
pipocam sobre o papel
até cobrirem-no como véu.
Ah! Solitárias letras de grafite
assim, sós, acredite
vós não formais uma canção,
vós não alcançais um sequer coração.

Mas junteis-se vós, uma a uma,
escritas a pluma
e dareis, á palavra, sentido
e a palavra formará um verso
e o verso numa estrofe contido
será a poesia-universo
de tantas e tantas letras desse abecedário
escondidas no Aurélio-armário.

Pequeninas sois
e grandes palavras, pois
vós produzir conseguis.
O poeta, aprendiz,
busca a semântica,
na palavra romântica,
até surgir a estrofe desejada,
até surgir a descrição da mulher amada.

Marcius Andrei Ullmann
26 de janeiro de 2006.
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